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Cemitério da Recoleta: história, túmulos famosos e como visitar

Atualizado: há 7 horas


Entre esculturas imponentes, mausoléus de mármore e passagens cheias de histórias, o Cemitério da Recoleta é um dos lugares mais fotogênicos (e emocionantes) de Buenos Aires. Construído em 1822 como o primeiro cemitério público da cidade, ele ocupa a antiga horta do convento dos monges recoletos, ao lado da Basílica Nuestra Señora del Pilar.


Apesar de ser um cemitério, é uma visita muito agradável - por mais que isso seja surpreendente. Eu fui num dia ensolarado, isso pode afetar a experiência também.


Por que visitar o Cemitério da Recoleta?

  • É um dos pontos turísticos mais visitados de Buenos Aires e concentra mausoléus de personagens centrais da história argentina - de presidentes a vencedores do Nobel.

  • O conjunto é uma aula de arquitetura da Belle Époque, com obras assinadas e um traçado urbano que forma uma “cidade dos mortos” dentro da cidade.

  • É uma experiência que nos faz refletir sobre a vida e a morte



Onde fica e como chegar

  • Endereço: Junín 1760, Recoleta (entrada principal).

  • Metrô (Subte): a estação Las Heras – Linha H costuma ser a mais prática; dali é uma caminhada curta até a entrada.

  • Ônibus/táxi/app: diversas linhas atendem o entorno; confira rotas no mapa “Cómo Llego” da Ciudad.


Dica da Júlia: combine a visita com uma visita ao museu de Bellas Artes.


Túmulos famosos: o que ver

  • Eva Perón (Família Duarte) - o túmulo mais visitado, com flores diárias.

  • Domingo F. Sarmiento - ex-presidente e educador.

  • Bartolomé Mitre - ex-presidente e figura-chave do século XIX.

  • Raúl Alfonsín - presidente que conduziu o retorno democrático nos anos 1980.

  • Adolfo Bioy Casares - um dos grandes da literatura argentina.

  • Rufina Cambaceres - lenda urbana que intriga os visitantes.

  • Guillermo Brown - almirante histórico da marinha


cemitério da recoleta

Eva Perón (Família Duarte)

O túmulo mais visitado da Recoleta é, curiosamente, discreto: um mausoléu escuro da Família Duarte, coberto por placas de bronze com mensagens de agradecimento. Ali repousa Eva Perón (Evita), ícone político-popular argentino. Seu corpo teve uma história conturbada até ser finalmente sepultado aqui, em câmaras profundas reforçadas. Costumam aparecer ramalhetes frescos todos os dias; para fotos, pegue o corredor de leve lado para aproveitar a luz sem bloquear a passagem.


Domingo Faustino Sarmiento

Presidente (1868–1874) e “pai” da educação pública argentina, Sarmiento descansa num mausoléu de traços monumentais que evocam orgulho cívico. O conjunto mistura simbolismos da modernidade e da natureza (observe a ave no topo e a forte verticalidade do desenho), refletindo seu projeto de país. É um ponto clássico dos tours, com boas linhas para fotos em contra-plongée.


Bartolomé Mitre

Primeiro presidente da Argentina unificada (1862–1868) e fundador do jornal La Nación, Mitre está em um mausoléu de família com inspiração neoclássica: colunas, frontão e inscrições que lembram a “cidade dos mortos” em miniatura. O tom sóbrio combina com sua figura de estadista e historiador. Vale reparar nos detalhes do entalhe e no diálogo do panteão com os mausoléus vizinhos.


Raúl Alfonsín

O presidente que conduziu o retorno à democracia em 1983 tem um túmulo de desenho austero, coerente com sua biografia. O local recebe coroas e fitas em datas cívicas e costuma emocionar visitantes argentinos. A atmosfera é de respeito silencioso; evite falar alto e deixe espaço para quem vai deixar flores.


Adolfo Bioy Casares  Um dos grandes nomes da literatura argentina, parceiro de Borges e autor de A Invenção de Morel, Bioy repousa em um mausoléu sóbrio, mais “literário” do que monumental. O interessante aqui é o contraste: num cemitério de ostentações, a sobriedade chama atenção. Leitores costumam deixar bilhetes discretos; se fotografar, componha com as linhas dos corredores.


Rufina Cambaceres

A lenda mais famosa da Recoleta. Morta aos 19 anos, Rufina inspirou o mito da “moça enterrada viva”. Seu mausoléu art nouveau traz a estátua de uma jovem abrindo a porta, imagem potente que resume a história. É um dos túmulos mais fotogênicos.


Guillermo Brown

Nascido na Irlanda, Almirante Brown é o “pai” da Marinha argentina. Seu túmulo tem motivos navais (âncora, escudos, bandeiras), lembrando as vitórias que consolidaram a soberania no século XIX. O conjunto tem leitura clara até para quem não conhece a biografia: mar, guerra e pátria. Boa parada para contextualizar a influência de imigrantes na formação do país.


Mas pra mim o túmulo que mais mexeu comigo foi o da Liliana Crociati de Szaszak.  Foi um dos túmulos mais marcantes da Recoleta, tanto pela história quanto pela estética. Liliana morreu em 1970, aos 26 anos, durante a lua de mel em Innsbruck, vítima de uma avalanche.


A família mandou erguer um mausoléu neogótico que reconstrói quarto da jovem, e na entrada fica a famosa estátua em bronze em tamanho real de Liliana, junto com seu melhor amigo canino. O cachorro morreu misteriosamente no mesmo dia que Liliana, mas em Buenos Aires.


cemitério da recoleta


Tour guiado ou visitar por conta própria?

  • Por conta: liberdade total para fotos e paradas; bom para quem quer explorar no próprio ritmo.

  • Tour guiado: acrescenta contexto histórico/arquitetônico e conecta as histórias (Evita, lendas, símbolos) em um circuito otimizado - é legal se você tem pouco tempo e quer saber mais sobre a história.


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Júlia Orige

Blogueira de viagem, formada em Jornalismo e apaixonada pelo mundo.

 

Buscando sempre te dar o caminho mais fácil pra conhecer cada lugar da melhor forma. 

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